Numa altura em que o contexto de crise e os desafios à escala global vêm colocar comunidade, empresas e equipas à prova, a comunicação assertiva, clara e empática assume-se como essencial.
Como podemos contribuir para que a comunicação seja um fator relevante num momento como o atual? É tendo o cuidado de torná-la eficaz e esclarecedora, contribuindo para a confiança e evitando alarmismos contraproducentes.
Deixo-lhe algumas orientações para uma comunicação assertiva e empática:
1 – Escute mais e melhor
A diferença entre ouvir e escutar é enorme. Escutar implica interpretar o significado, compreender o que nos foi dito. É na escuta que percebemos o ponto de vista do outro e encontramos pontos comuns. Ao escutarmos, mostramos que estamos atentos, que aquilo que a outra pessoa está a dizer nos interessa, que nos preocupamos. Por isso:
– Concentre-se na pessoa que fala consigo;
– Mostre que está a compreender o que lhe dizem;
– Clarifique a informação e coloque questões se for necessário;
– Mostre que está disponível para ouvir e compreender.
2 – Dê informação simples e clara
A melhor forma de assegurar que somos compreendidos, seja qual for o meio de comunicação utlizado (e-mail, relatório, reunião, apresentação…) é simplificar a mensagem. Pergunte-se sempre: estou a comunicar em português ou em “compliquês”? A linguagem mais eficaz é aquela que clarifica, nunca a que escurece o entendimento e a compreensão. Por isso:
– Selecione: o que quer dizer? Reduza a informação ao essencial;
– Simplifique: opte por mensagens de compreensão imediata;
– Sublinhe: reforce a ideia principal e mantenha a mensagem objetiva e curta.
3 – Seja assertivo
A assertividade é o mais diplomático dos comportamentos e dos estilos de comunicação e aquele que vale a pena ser trabalhado em contextos como o atual. Torna a mensagem mais transparente e mais lúcida, o que melhora também as ligações humanas. Ser assertivo implica escolher lados, fazer escolhas, tomar decisões. Por isso:
– Pense antes de falar: o controlo de algumas emoções e impulsos diminui o conflito e ajuda à fluidez de uma conversa;
– Seja claro, direto e honesto: manifeste claramente a sua mensagem e esteja consciente da forma como se expressa, dando espaço para que as outras pessoas se manifestem de igual forma.
Uma comunicação clara, objetiva e assertiva pode ser determinante para garantir a confiança das suas equipas/pessoas. E só assim podemos contrariar alarmismos e desinformação. Lembre-se que, para criar confiança, deve gerir expectativas e comunicar de maneira aberta, honesta e frequente.